Jogos e Brincadeiras Para Sala de Aula: Como Eu Aplico na Prática



Oi, professor! Tudo bem com você? Professora Camila aqui. Ao longo dos anos, fui criando e adaptando vários jogos educacionais para as minhas aulas. Descobri que é possível ensinar conteúdos difíceis com leveza — e ainda deixar os alunos mais envolvidos.

Mas eu sei que nem todo mundo se sente seguro para usar jogos em sala. Falta tempo, apoio da gestão e, muitas vezes, ideias práticas. E enquanto isso, os alunos ficam cada vez mais desmotivados, sem interesse pelas aulas tradicionais.

Por isso, preparei este conteúdo com atividades que já apliquei, ajustei e vi funcionar. Você vai aprender a criar jogos simples, com objetivos pedagógicos claros e que realmente facilitam o aprendizado.

Quer transformar suas aulas e ver seus alunos participando de verdade? Então fica aqui comigo até o final — tenho certeza de que você vai sair com ideias prontas para usar ainda essa semana.

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Por Que Usar Jogos Educacionais Em Sala de Aula

Não é de hoje que os professores buscam formas mais atrativas de ensinar. E entre tantas estratégias, os jogos educacionais se destacam por unir conteúdo, diversão e participação ativa dos alunos. Eles despertam a curiosidade, quebram o clima da aula expositiva e ajudam até os mais tímidos a se envolverem.

Ao contrário do que muitos pensam, jogar não é perder tempo — é aprender com propósito. Jogos bem estruturados reforçam habilidades cognitivas, promovem o raciocínio lógico, melhoram a memória e facilitam a fixação de conteúdos. Além disso, criam um ambiente mais leve, onde o erro vira parte natural do processo de aprendizagem.

Outro ponto importante é a conexão com as metodologias ativas, tão valorizadas pela BNCC. Quando o aluno participa da construção do conhecimento — seja resolvendo enigmas, fazendo associações ou propondo soluções — ele se torna protagonista da própria aprendizagem. É exatamente isso que os jogos proporcionam.

Por isso, se você quer variar suas estratégias, engajar as turmas e atender às exigências da BNCC de forma prática, os jogos são um ótimo caminho. E você não precisa ser especialista para começar — só precisa ter vontade de experimentar.

3 Jogos Educativos Para Ensinar Conteúdos de Geografia e Atualidades

Trabalhar conteúdos como blocos econômicos, globalização ou geopolítica pode ser desafiador. São temas densos, com muitos nomes, datas, instituições e contextos históricos. Mas quando usamos jogos educativos para abordar esses assuntos, tudo muda. A aula ganha ritmo, os alunos se envolvem mais e o conteúdo passa a fazer sentido na prática.

A seguir, vou compartilhar três jogos que já apliquei em sala com turmas do 8º e 9º ano, e que funcionam muito bem para revisar, fixar e até introduzir conceitos de Geografia e atualidades.

Jogo do Stop adaptado: Blocos Econômicos e raciocínio rápido

Objetivo:
Revisar conceitos sobre blocos econômicos de forma lúdica e estimular o raciocínio rápido dos alunos, promovendo conexões entre conteúdo e atualidades.

Materiais:

  • Folhas de papel ou tabelas impressas
  • Canetas
  • Cronômetro (pode ser o celular do professor)
  • Lista de categorias temáticas (vou te mostrar exemplos já testados)

Regras:
Os alunos organizam uma tabela com categorias como “Países-membros”, “Produtos exportados”, “Moeda comum” e “Desafios atuais”. Uma letra do alfabeto é sorteada e, a partir dela, todos devem preencher as colunas com palavras iniciadas por essa letra. Vence quem somar mais pontos com respostas corretas e únicas.

Como aplicar:
Esse jogo é excelente para revisar conteúdo depois de uma sequência de aulas ou como fechamento de bimestre. Você pode dividir a turma em grupos, mediar o tempo com cronômetro e finalizar com uma roda de debate para discutir as respostas e aprofundar os conceitos.

Dica bônus:
Inclua categorias interdisciplinares, como “Impactos ambientais” ou “Líderes políticos”, para integrar Geografia com Ciências e História. Isso amplia a reflexão e permite que os alunos façam relações entre temas — um dos princípios da BNCC.

Jogo da Memória Temática: Fixando conteúdos com imagens e associação

Como montar:
O jogo da memória é simples de preparar e pode ser reutilizado em várias turmas. Para isso, você vai precisar de cartões (papel cartão ou cartolina), canetas e imagens representativas dos blocos econômicos ou de outros temas de atualidades. Em cada par, uma carta traz a imagem (ex: bandeira da União Europeia) e a outra, o nome ou uma informação associada (ex: “Moeda: Euro”).

Aplicação por faixa etária:
Com turmas do 6º ou 7º ano, use imagens mais visuais e informações básicas, como nomes e bandeiras. Já no 8º e 9º ano, vale incluir dados como países-membros, acordos comerciais ou desafios geopolíticos. A mecânica continua a mesma: os alunos viram dois cartões por vez, tentando formar pares corretos. Se acertarem, ficam com o par e ganham ponto.

Variações:
Você pode transformar o jogo em uma estação dentro de uma aula em grupo ou fazer desafios entre duplas. Outra ideia é pedir que os próprios alunos criem os pares como parte da atividade — assim, já estudam o conteúdo enquanto produzem o material. E se quiser adaptar para o digital, há sites e apps gratuitos que permitem montar jogos da memória online e compartilhar por link ou projetar em sala.

Jogo da Forca: Trabalhando vocabulário e revisão com leveza

Passo a passo:
Esse clássico é uma ótima maneira de revisar termos, reforçar vocabulário e estimular a participação da turma inteira. Para aplicar, escolha uma palavra relacionada ao conteúdo da aula e desenhe a estrutura da forca no quadro (ou use papel kraft/cartolina). Em seguida, marque os espaços correspondentes às letras da palavra. Os alunos vão sugerindo letras — se acertarem, você preenche; se errarem, uma parte da forca é desenhada.

Lista pronta de palavras:
Aqui estão algumas sugestões para revisar o tema “blocos econômicos” e atualidades:

  • União Europeia
  • Mercosul
  • Globalização
  • Zona do Euro
  • Acordo Comercial
  • OMC
  • Pacto Andino
  • Nafta
  • Integração Regional
  • Comércio Bilateral
  • ASEAN
  • Economia Global

Você pode adaptar os níveis de dificuldade de acordo com a turma, incluindo nomes mais complexos nas turmas avançadas e palavras mais visuais nas séries iniciais.

Ensine a jogar:
Explique que o objetivo não é apenas acertar letras, mas lembrar e reconhecer conceitos trabalhados nas aulas. Aproveite cada erro ou acerto para puxar uma explicação rápida — por exemplo, se a palavra for “Mercosul”, você pode perguntar quais países fazem parte. Essa troca transforma um jogo simples em um momento de revisão ativo, sem parecer avaliação.

Como Adaptar Esses Jogos Educacionais para Diferentes Anos e Disciplinas

Uma das maiores vantagens dos jogos educacionais é a flexibilidade. Com pequenas alterações, a mesma dinâmica pode ser usada em diferentes séries e conteúdos. Tudo depende do objetivo pedagógico e do nível de maturidade da turma. A seguir, trago algumas ideias que costumo aplicar com turmas do ensino fundamental, ajustando o grau de complexidade conforme necessário.

Sugestões para o ensino fundamental:
No 6º e 7º ano, os jogos funcionam muito bem com reforço visual e linguagem acessível. Cartões com imagens, palavras simples e dinâmicas em grupo ajudam os alunos a entender o conteúdo de forma mais leve. Já no 8º e 9º ano, é possível explorar temas mais abstratos e exigir raciocínio crítico — como no caso dos blocos econômicos ou debates sobre globalização e sustentabilidade.

Variações por tema (História, Ciências, Matemática):

  • História: adapte o jogo da memória para trabalhar personalidades históricas e períodos; o jogo do stop pode incluir categorias como "fatos históricos" ou "movimentos sociais".
  • Ciências: use a forca para revisar vocabulário técnico ou conceitos como “fotossíntese”, “ecossistema”, “ciclo da água”.
  • Matemática: transforme o jogo da memória em pares de operações e resultados; o stop pode ter categorias como “números primos”, “fórmulas”, “unidades de medida”.

Como transformar em estações de aprendizagem:
Você pode montar estações de jogo na própria sala de aula, com grupos rotativos a cada 15 ou 20 minutos. Cada estação traz uma proposta diferente: jogo da memória em uma mesa, jogo do stop em outra, e a forca no quadro. 

Isso permite que os alunos passem por diferentes experiências de aprendizagem no mesmo tempo de aula, com autonomia, cooperação e variedade de estímulos — elementos que valorizam a proposta das metodologias ativas.

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