Ensinar projeções cartográficas é uma oportunidade incrível para explorar a complexidade da representação do nosso planeta em mapas. 

Vou te explicar como isso vai além do ensino teórico e se transforma em uma experiência prática que engaja os alunos e estimula o aprendizado. Veja bem, quando os alunos vivenciam conceitos na prática, eles compreendem melhor a relação entre teoria e realidade.

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Este plano de aula foi desenvolvido para atender às habilidades da BNCC do 6º ao 9º ano, garantindo uma abordagem progressiva e alinhada ao desenvolvimento dos alunos. Abaixo, estão as principais habilidades que iremos trabalhar:

Metodologia de Ensino e Experimento Prático



Para introduzir o conceito de projeções cartográficas, aprendi a realizar um experimento prático que torna o aprendizado mais tangível. As crianças adoram e sempre demonstram que estão "maravilhados". Vou explicar como funciona.

Você precisará de uma garrafa PET cortada ao meio para criar um cilindro transparente. No interior da garrafa, posicione uma fonte de luz apontando para cima. 

Mapas em papel serão fixados na parte externa do cilindro, representando diferentes áreas do globo. Ao acender a luz, os alunos observarão as sombras projetadas, percebendo as distorções que surgem nas projeções cartográficas.



Esse experimento simula a dificuldade de transformar uma esfera em um plano, destacando como diferentes projeções cartográficas geram distorções em tamanho, forma ou proporção. É fascinante ver os alunos perceberem essas nuances de maneira tão visual.

Após o experimento, promova uma discussão para que eles compartilhem suas observações e façam conexões com os tipos de projeções, como cilíndricas, cônicas ou azimutais. Para complementar, peça que os alunos busquem exemplos de mapas em livros didáticos ou na internet que utilizem diferentes projeções. Veja o experimento nesse vídeo.

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Avaliação Processual

O produto final desta atividade será a criação de mapas temáticos utilizando diferentes projeções cartográficas. Veja como guiar os alunos para isso.

Distribua a tarefa de desenvolver um mapa temático com base em um tema específico, como densidade populacional ou biodiversidade. 

Eles deverão escolher uma projeção cartográfica que julguem mais adequada ao tema e justificar a escolha. Isso permitirá que eles apliquem o que aprenderam durante o experimento prático.



Oriente a montagem do mapa com o uso de recursos simples, como papel, régua e lápis de cor, ou, se possível, softwares digitais de mapeamento. 

Durante a apresentação dos trabalhos, cada grupo explicará como as projeções influenciam a forma como os dados são representados e interpretados.

Essa etapa final reforça o aprendizado ao permitir que os alunos conectem os conceitos de projeções cartográficas a contextos reais

Critérios de Avaliação

Para avaliar o desempenho dos alunos, desenvolvi critérios que levam em conta tanto o processo quanto o produto final. Essa abordagem permite uma análise mais equilibrada do aprendizado e da participação de cada estudante.

Primeiro, avalio a compreensão do experimento, atribuindo até três pontos. Aqui, observo se os alunos conseguiram identificar as distorções projetadas durante a atividade prática e se foram capazes de relacioná-las às diferentes projeções cartográficas.

Depois, analiso a criação do mapa temático, que também vale três pontos. Considero a escolha adequada da projeção cartográfica para o tema proposto, a qualidade técnica e a organização visual do mapa produzido. Esses aspectos demonstram a capacidade dos alunos de aplicar os conceitos discutidos em aula de forma prática e criativa.



Outro critério importante é a justificativa e apresentação, também com valor de três pontos. Nesse momento, avalio a clareza na explicação das escolhas realizadas, bem como a relação entre o mapa produzido e o conteúdo aprendido. Essa etapa permite que os alunos desenvolvam habilidades de comunicação e articulem seus pensamentos de maneira crítica.

Por fim, incluo o critério de engajamento individual, que vale um ponto. Aqui, levo em conta a participação ativa de cada aluno nas discussões e no desenvolvimento do trabalho, além do comprometimento com as tarefas em grupo.

Com esses critérios, consigo garantir uma avaliação justa e equilibrada, valorizando tanto o conhecimento adquirido quanto o esforço e o envolvimento de cada estudante ao longo do processo.

Aplicar o plano de aula "Projeções Cartográficas" é uma maneira poderosa de transformar um tema teórico em uma experiência prática significativa. 

Os alunos compreendem os desafios da cartografia, e desenvolvem habilidades analíticas/críticas ao relacionar mapas com diferentes contextos.

Espero que este plano de aula sobre projeções cartográficas inspire suas aulas e ajude a despertar nos sues alunos o interesse pela cartografia. 



Ensinar Geografia é mostrar o mundo de maneira mais ampla, e atividades práticas como essa são ferramentas "extraordinárias"

Agora, quero saber: você já conhecia esse experimento? 

Se você gostou da proposta, compartilhe com seus colegas!

Gratidão!