O que se estuda em Geografia Agrária + caça-palavras para imprimir

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A Geografia Agrária é um ramo da geografia que se dedica ao estudo das relações entre a sociedade e o espaço agrícola. Ela abrange uma variedade de temas e tópicos que buscam compreender as dinâmicas, transformações e problemas relacionados à agricultura e ao meio rural. 

Alguns dos principais tópicos estudados nessa disciplina incluem a estrutura fundiária, sistemas agrícolas, reforma agrária, problemas ambientais econômicos e sociais, o Brasil e seu destaque no agronegócio, e para concluir vantagens e desvantagens do agronegócio. Vamos explorar esses tópicos a seguir.

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Estrutura fundiária

A estrutura fundiária refere-se à distribuição da terra em uma determinada área, região ou país, considerando aspectos como posse, tamanho e uso das propriedades agrícolas. É um conceito fundamental na Geografia Agrária, pois influencia diretamente as dinâmicas socioeconômicas, ambientais e políticas no meio rural.

Existem diferentes tipos de estrutura fundiária, e sua análise permite compreender as relações de poder e as disparidades existentes no acesso à terra. Alguns elementos essenciais para compreender a estrutura fundiária incluem:

Concentração de Terras: Refere-se à distribuição desigual da terra, onde uma parcela significativa das terras está nas mãos de poucos proprietários. Isso pode resultar em uma concentração de poder e recursos nas mãos de uma elite agrária.

Minifúndio e Latifúndio: Termos usados para descrever propriedades agrícolas de diferentes tamanhos. Minifúndios são pequenas propriedades, muitas vezes trabalhadas pela própria família, enquanto latifúndios são grandes propriedades, frequentemente caracterizadas pela monocultura e, por vezes, por relações de trabalho assalariado.

Uso da Terra: Analisa-se como a terra é utilizada, se para agricultura familiar, agricultura empresarial, pastagens, plantações monocultoras ou outros usos. Isso está relacionado ao tipo de produção agrícola predominante na região.

Acesso à Terra: Considera quem tem o direito de acesso e controle sobre a terra, seja por posse, arrendamento ou propriedade. Questões relacionadas à posse da terra têm implicações diretas nas condições de vida das populações rurais.

Reformas Agrárias: Podem impactar significativamente a estrutura fundiária, buscando promover uma distribuição mais equitativa da terra. Essas reformas podem envolver a redistribuição de terras, regularização fundiária e outras medidas para corrigir desigualdades históricas.

A análise da estrutura fundiária é crucial para compreender as dinâmicas sociais, econômicas e ambientais no meio rural, contribuindo para a formulação de políticas mais justas e sustentáveis.

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Sistemas Agrícolas



Existem diversos sistemas agrícolas ao redor do mundo, cada um caracterizado por práticas específicas de produção, uso da terra e organização social. Abaixo estão alguns dos principais sistemas agrícolas:

Agricultura de Subsistência e familiar: A agricultura familiar desempenha um papel fundamental na produção de alimentos no Brasil, contribuindo para a segurança alimentar, a geração de empregos e o desenvolvimento econômico nas áreas rurais. Aqui estão algumas das principais características da agricultura familiar no Brasil:

Tamanho das Propriedades: As propriedades da agricultura familiar geralmente têm dimensões menores em comparação com as grandes propriedades do agronegócio. Os agricultores familiares operam em áreas relativamente pequenas, mas muitas vezes conseguem diversificar suas atividades.

Diversificação de Atividades: Uma característica marcante da agricultura familiar é a diversificação de atividades. Além do cultivo de alimentos, muitas famílias estão envolvidas na criação de animais, produção de leite, avicultura, horticultura e outras atividades para garantir a subsistência e a renda.

Mão de Obra Familiar: A produção nas propriedades familiares geralmente depende do trabalho da própria família. Membros da família estão envolvidos em todas as etapas do processo agrícola, desde o plantio até a colheita, reduzindo a necessidade de contratação externa de mão de obra.

Ciclo de Produção Menor: Muitas vezes, a agricultura familiar está associada a ciclos de produção menores, com cultivos mais diversificados e frequentes ao longo do ano. Isso proporciona maior resiliência contra condições climáticas adversas.

Uso de Técnicas Tradicionais: Embora muitos agricultores familiares adotem práticas modernas, alguns ainda utilizam técnicas tradicionais de agricultura. Isso pode incluir o uso de sementes crioulas e métodos de cultivo mais próximos das práticas locais.

Conexão com o Mercado Local: Parte significativa da produção da agricultura familiar é destinada ao consumo próprio ou ao mercado local. Muitas vezes, esses agricultores participam de feiras locais, cooperativas e programas de agricultura familiar, fortalecendo a conexão entre produtores e consumidores.

Desafios de Acesso a Recursos: Agricultores familiares frequentemente enfrentam desafios no acesso a recursos, como crédito, assistência técnica e tecnologia. Esse é um aspecto que pode limitar a expansão e a modernização das atividades agrícolas.

Preservação de Saberes Locais: A agricultura familiar muitas vezes preserva saberes locais e práticas tradicionais de cultivo, contribuindo para a conservação da biodiversidade e da diversidade cultural.

Programas de Apoio Governamental: O governo brasileiro implementa diversos programas de apoio à agricultura familiar, incluindo crédito rural específico, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e políticas que visam melhorar as condições de vida e trabalho no campo.

Contribuição para a Produção Nacional: Apesar das limitações, a agricultura familiar desempenha um papel crucial na produção de alimentos no Brasil, sendo responsável por uma parcela significativa da produção de itens como feijão, mandioca, hortaliças, leite e aves.

A agricultura familiar é essencial para a promoção da segurança alimentar, a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade das comunidades rurais no Brasil. Reconhecer e apoiar esse setor é crucial para o desenvolvimento equitativo do país.

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Agricultura Comercial ou agronegócio



O agronegócio é caracterizado por uma série de elementos que o diferenciam de outras formas de produção agrícola. Aqui estão algumas das principais características do agronegócio:

Produção em Grande Escala: O agronegócio geralmente envolve a produção em larga escala, com fazendas e propriedades que abrangem extensas áreas de terra. A mecanização e o uso intensivo de tecnologia são comuns para otimizar a eficiência.

Commodities Agrícolas: Grande parte do agronegócio está voltada para a produção de commodities agrícolas, como soja, milho, trigo, cana-de-açúcar, carne bovina e outros produtos que têm demanda significativa no mercado global.

Integração Vertical: Muitas empresas no agronegócio adotam modelos de integração vertical, o que significa que estão envolvidas em várias etapas da cadeia produtiva, desde a produção no campo até o processamento e a distribuição.

Uso Intensivo de Tecnologia: O agronegócio faz amplo uso de tecnologias modernas, incluindo maquinaria agrícola avançada, sistemas de irrigação, biotecnologia e práticas de gestão agrícola sofisticadas para aumentar a produtividade.

Padronização e Homogeneização: A produção agrícola no agronegócio muitas vezes visa à padronização e homogeneização dos produtos para atender a padrões específicos de mercado. Isso facilita a comercialização em larga escala.

Logística Eficiente: O agronegócio depende de sistemas logísticos eficientes para transportar os produtos do campo até os centros de processamento, distribuição e exportação. Isso envolve uma infraestrutura de transporte bem desenvolvida.

Mercado Globalizado: A produção do agronegócio frequentemente está orientada para o mercado global. A exportação de produtos agrícolas é uma parte significativa das operações, tornando o setor sensível às condições econômicas internacionais.

Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento: Empresas do agronegócio investem em pesquisa e desenvolvimento para melhorar as técnicas de produção, criar novas variedades de culturas mais resistentes e adaptadas, e desenvolver práticas agrícolas sustentáveis.

Economias de Escala: O agronegócio busca aproveitar as economias de escala para reduzir os custos de produção por unidade, tornando a operação mais eficiente e competitiva no mercado.

Gestão Empresarial: A gestão empresarial é uma característica fundamental do agronegócio. Propriedades rurais e empresas relacionadas à produção agrícola operam como entidades de negócios, utilizando práticas de gestão para maximizar a rentabilidade.

Essas características variam em grau e aplicação, dependendo do tipo específico de atividade dentro do agronegócio e das condições regionais. No entanto, esses elementos em conjunto definem o perfil do agronegócio como uma atividade econômica moderna e altamente integrada.

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Quais são as características da Agroecologia?


A agroecologia é uma abordagem para a agricultura que busca integrar princípios ecológicos, sociais e econômicos para promover sistemas agrícolas sustentáveis e resilientes. Algumas das principais características da agroecologia incluem:

Sustentabilidade Ambiental: A agroecologia visa práticas agrícolas sustentáveis que preservem os recursos naturais, promovam a biodiversidade e minimizem os impactos negativos no meio ambiente, como a contaminação do solo e da água.

Diversificação de Culturas: Em vez de depender de monoculturas extensivas, a agroecologia promove a diversificação de culturas, o que contribui para a resistência a pragas, doenças e condições climáticas adversas.

Integração de Elementos: Busca integrar diferentes elementos do sistema agrícola, como culturas agrícolas, criação de animais, árvores e outras plantas, criando sistemas mais complexos e equilibrados.

Ciclos Biogeoquímicos: A agroecologia considera os ciclos biogeoquímicos, promovendo a reciclagem de nutrientes no sistema agrícola, reduzindo a dependência de insumos externos e melhorando a fertilidade do solo.

Respeito aos Conhecimentos Locais: Valoriza os conhecimentos locais e tradicionais, incorporando práticas adaptadas às condições específicas de cada região e envolvendo a comunidade no processo de tomada de decisões.

Ressignificação do Papel do Agricultor: Na agroecologia, o agricultor é visto como um gestor do agrossistema, que compreende e interage com os processos naturais, em vez de ser apenas um executor de técnicas predeterminadas.

Uso Mínimo de Insumos Químicos: A agroecologia promove a redução do uso de insumos químicos sintéticos, buscando alternativas mais naturais, como adubos orgânicos, compostagem e controle biológico de pragas.

Fortalecimento da Agricultura Familiar: Valoriza e fortalece a agricultura familiar, reconhecendo seu papel vital na produção de alimentos e na manutenção da biodiversidade.

Policultura e Agrofloresta: Incentiva a prática da policultura e o desenvolvimento de sistemas agroflorestais, onde árvores, arbustos e culturas anuais convivem em harmonia, proporcionando benefícios mútuos.

Abordagem Participativa: A agroecologia promove a participação ativa das comunidades locais, agricultores e pesquisadores na tomada de decisões relacionadas às práticas agrícolas e ao desenvolvimento rural.

Essas características destacam a natureza holística da agroecologia, que visa sistemas agrícolas mais equitativos, justos, resilientes e sustentáveis, alinhados com os princípios da ecologia e da diversidade.

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A polêmica reforma agrária



A reforma agrária é um conjunto de medidas e políticas que visam reorganizar a estrutura fundiária de uma região, país ou localidade, com o objetivo de promover uma distribuição mais justa e equitativa da terra. 

Essa iniciativa busca corrigir desigualdades históricas relacionadas à posse e ao acesso à terra, muitas vezes associadas a problemas sociais, econômicos e políticos.

As principais características e objetivos da reforma agrária incluem:

Redistribuição de Terras: Um dos pilares da reforma agrária é a realocação da terra de grandes propriedades para famílias sem terra ou com acesso insuficiente à terra para sustentar suas atividades agrícolas.

Acesso à Terra: Proporcionar oportunidades de acesso à terra para populações historicamente excluídas, como pequenos agricultores, trabalhadores rurais sem terra e comunidades tradicionais.

Desenvolvimento Rural Sustentável: A reforma agrária muitas vezes está vinculada a estratégias para promover o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais, incluindo o estímulo à diversificação da produção, práticas agrícolas sustentáveis e o fortalecimento da agricultura familiar.

Melhoria das Condições de Vida: Busca melhorar as condições sociais e econômicas das populações rurais, proporcionando-lhes a oportunidade de cultivar a terra de maneira produtiva e sustentável.

Justiça Social: Tem como objetivo reduzir disparidades sociais e econômicas associadas à concentração de terras, permitindo um acesso mais igualitário aos recursos produtivos.

A implementação da reforma agrária pode envolver a desapropriação de terras, a regularização fundiária, a distribuição de terras públicas, entre outras medidas. 

É uma questão complexa e muitas vezes está ligada a aspectos políticos, econômicos e sociais, sendo objeto de debates e controvérsias em diferentes contextos ao redor do mundo. 

A efetividade da reforma agrária depende da integração de políticas adequadas, do apoio institucional e do comprometimento com os princípios de justiça social e desenvolvimento sustentável.

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A reforma agrária no Brasil

A reforma agrária no Brasil refere-se a um conjunto de políticas e ações que visam reorganizar a estrutura fundiária do país, buscando uma distribuição mais justa e equitativa da terra. 

Essa iniciativa tem como objetivo corrigir desigualdades históricas relacionadas à posse da terra e promover o desenvolvimento social, econômico e ambiental nas áreas rurais. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a reforma agrária no Brasil:

Histórico: A questão da reforma agrária tem raízes profundas na história brasileira, com concentração de terras desde os tempos coloniais. O processo de colonização e a expansão agroexportadora contribuíram para a formação de grandes latifúndios em detrimento das populações locais.

Constituição de 1988: A Constituição Federal de 1988 estabelece a função social da propriedade e reconhece a possibilidade de desapropriação de terras que não estejam cumprindo essa função, priorizando a utilização da terra para fins produtivos.

Instituições Responsáveis: Diversos órgãos federais, estaduais e municipais estão envolvidos na implementação da reforma agrária, incluindo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra): O MST é uma das organizações mais conhecidas que atua em prol da reforma agrária no Brasil. O movimento busca pressionar o governo para acelerar o processo de redistribuição de terras e promover a inclusão social.

Desafios na Implementação: A implementação da reforma agrária no Brasil enfrenta vários desafios, incluindo a resistência de grandes proprietários de terra, a burocracia administrativa, a falta de infraestrutura nas áreas destinadas à reforma e as condições socioeconômicas das famílias assentadas.

Instrumentos de Distribuição de Terras: A distribuição de terras ocorre principalmente por meio da desapropriação de terras consideradas improdutivas. As terras desapropriadas são destinadas a assentamentos rurais, onde famílias recebem parcelas para cultivo e moradia.

Políticas Integradas: Além da redistribuição de terras, a reforma agrária no Brasil inclui a implementação de políticas integradas que buscam melhorar a infraestrutura, promover o acesso a crédito e assistência técnica, e apoiar atividades produtivas sustentáveis nos assentamentos.

Resultados e Desafios: Embora tenha havido avanços na reforma agrária, a distribuição de terras ainda é um desafio significativo. O processo muitas vezes é lento, e as condições de vida nos assentamentos requerem atenção contínua para garantir o sucesso das famílias assentadas.

A questão da reforma agrária no Brasil é complexa e multifacetada, envolvendo aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais. O debate em torno dessa questão continua a ser relevante na busca por uma distribuição mais equitativa dos recursos agrários no país.

Desafios no espaço rural Brasileiro

O espaço rural no Brasil enfrenta diversos desafios e problemas que impactam as condições de vida das populações que dependem da agricultura e de atividades relacionadas. Alguns dos principais problemas no espaço rural brasileiro incluem:

Concentração Fundiária: A distribuição desigual de terras é um problema persistente no Brasil. A concentração fundiária, com grandes extensões de terra nas mãos de poucos proprietários, contribui para a exclusão de pequenos agricultores e comunidades tradicionais, dificultando o acesso à terra para agricultura familiar.

Êxodo Rural: Muitos jovens e trabalhadores rurais deixam as áreas rurais em busca de melhores oportunidades nas cidades. Isso contribui para o envelhecimento da população rural e para a diminuição da mão de obra no campo.

Infraestrutura Precária: Em muitas regiões rurais, a infraestrutura é precária, incluindo estradas de difícil acesso, falta de serviços básicos como educação e saúde, e limitado acesso a tecnologias e comunicações.

Seca e Desertificação: Algumas regiões enfrentam problemas recorrentes de secas, afetando a produção agrícola e a vida das comunidades locais. Além disso, a desertificação, processo de degradação do solo, é uma preocupação em algumas áreas.

Uso Insustentável dos Recursos Naturais: Práticas agrícolas não sustentáveis, como o desmatamento e o uso excessivo de agroquímicos, contribuem para a degradação ambiental e a perda da biodiversidade.

Falta de Assistência Técnica: Muitos agricultores familiares enfrentam desafios devido à falta de acesso a assistência técnica e extensão rural, o que poderia melhorar suas práticas agrícolas e aumentar a produtividade.

Questões Sociais e Trabalhistas: Condições inadequadas de trabalho, baixos salários e falta de acesso a direitos trabalhistas são problemas que afetam trabalhadores rurais, especialmente em grandes propriedades.

Impactos das Mudanças Climáticas: As mudanças climáticas apresentam desafios significativos para a agricultura, incluindo eventos climáticos extremos, alterações nos padrões de chuva e aumento da temperatura, afetando a produção de alimentos.

Fragilidade da Agricultura Familiar: A agricultura familiar, apesar de ser responsável por uma parte significativa da produção de alimentos, muitas vezes enfrenta dificuldades de acesso a crédito, tecnologia e mercados, comprometendo sua sustentabilidade.

A resolução desses problemas requer abordagens integradas, envolvendo políticas públicas, investimentos em infraestrutura, apoio à agricultura familiar, sustentabilidade ambiental e inclusão social. O desenvolvimento do espaço rural é crucial para a promoção de uma agricultura sustentável e para melhorar as condições de vida das comunidades rurais no Brasil.

O Brasil no Agronegócio



O Brasil se destacou no agronegócio por diversos fatores que contribuíram para o desenvolvimento e a expansão do setor agrícola. Alguns dos principais elementos que explicam esse destaque incluem:

Recursos Naturais Abundantes: O Brasil possui extensas áreas de terras férteis e um clima diversificado, o que favorece a produção de uma grande variedade de culturas. Isso permite que o país seja um dos maiores produtores mundiais de commodities agrícolas, como soja, milho, café, carne bovina, entre outros.

Tecnologia Agrícola Avançada: O setor agrícola brasileiro adotou tecnologias modernas, como maquinaria agrícola de última geração, sementes geneticamente modificadas, técnicas avançadas de irrigação e práticas sustentáveis. Essas inovações contribuíram para aumentos significativos na produtividade.

Expansão da Fronteira Agrícola: Ao longo das últimas décadas, houve uma expansão da fronteira agrícola no Brasil, com a abertura de novas áreas para a produção agrícola, especialmente na região do Cerrado. Isso permitiu aumentar a produção sem a necessidade de desmatamento em áreas sensíveis, como a Amazônia.

Políticas Governamentais e Incentivos: O governo brasileiro implementou políticas de incentivo à agricultura, como crédito agrícola subsidiado, programas de financiamento, subsídios e apoio à pesquisa agrícola. Essas políticas têm como objetivo impulsionar a produção e a competitividade do setor.

Exportação de Commodities: O Brasil é um dos principais exportadores mundiais de commodities agrícolas. A forte demanda internacional por produtos como soja, carne bovina, açúcar e café impulsiona a economia agrícola brasileira, tornando-a uma potência no agronegócio global.

Diversificação da Produção: Além das commodities tradicionais, o Brasil diversificou sua produção, incluindo produtos de maior valor agregado, como frutas, flores, vinhos e produtos orgânicos. Isso ampliou os mercados e agregou valor à produção agrícola.

Sustentabilidade Ambiental: Nos últimos anos, houve um aumento na conscientização sobre a importância da sustentabilidade ambiental no agronegócio. 

O Brasil tem buscado práticas agrícolas mais sustentáveis, visando reduzir o impacto ambiental e atender às demandas crescentes por produtos responsáveis.

O sucesso do Brasil no agronegócio trouxe benefícios econômicos, impulsionou a balança comercial e contribuiu para a segurança alimentar global. No entanto, é fundamental equilibrar o crescimento do agronegócio com a preservação ambiental, práticas sustentáveis e a promoção do bem-estar social nas áreas rurais.

Quais são as vantagens e desvantagens do agronegócio?

Vantagens do Agronegócio:

Crescimento Econômico: O agronegócio desempenha um papel crucial na economia brasileira, contribuindo significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) do país e gerando empregos em larga escala.

Exportações e Balança Comercial: O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de produtos agrícolas, como soja, carne bovina, açúcar e café. O agronegócio desempenha um papel fundamental na balança comercial, gerando receitas significativas por meio das exportações.

Inovação Tecnológica: O setor agrícola investe em pesquisa e desenvolvimento, resultando em inovações tecnológicas que aumentam a produtividade, melhoram a eficiência e tornam a agricultura mais sustentável.

Geração de Empregos: O agronegócio emprega milhões de pessoas, desde pequenos agricultores até trabalhadores nas indústrias de processamento e logística. Contribui para a dinamização das economias locais.

Segurança Alimentar: A produção agrícola em grande escala contribui para a segurança alimentar, garantindo o fornecimento de alimentos para a população nacional e internacional.

Desvantagens do Agronegócio:

Impactos Ambientais: O agronegócio muitas vezes está associado a impactos ambientais, como desmatamento, uso intensivo de agroquímicos e degradação do solo, contribuindo para problemas como mudanças climáticas e perda de biodiversidade.

Concentração Fundiária: Em alguns casos, o agronegócio pode contribuir para a concentração de terras nas mãos de grandes proprietários, excluindo pequenos agricultores e comunidades locais.

Riscos Econômicos para Pequenos Produtores: Pequenos agricultores podem enfrentar desafios econômicos devido à volatilidade nos preços das commodities, custos de produção e dificuldade de acesso a crédito e tecnologia.

Desigualdades Sociais: A distribuição desigual dos benefícios do agronegócio pode contribuir para desigualdades sociais, especialmente quando não são implementadas políticas que promovam a inclusão e equidade.

Uso de Agroquímicos: O uso intensivo de agroquímicos pode gerar preocupações ambientais e de saúde, incluindo a contaminação da água e a exposição de trabalhadores rurais a substâncias químicas prejudiciais.

Perda de Culturas Locais: A ênfase no cultivo de commodities para exportação pode levar à perda de diversidade cultural e de variedades de plantas locais, uma vez que as práticas agrícolas se tornam mais homogêneas.

Em suma, o agronegócio apresenta benefícios econômicos e contribui para o suprimento global de alimentos, mas é essencial abordar suas desvantagens para garantir a sustentabilidade ambiental, social e econômica a longo prazo. Políticas eficientes e práticas sustentáveis são cruciais para equilibrar os benefícios e desafios associados ao agronegócio.

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Algumas dicas para ensinar geografia agrária

Ensinar Geografia Agrária pode ser desafiadora principalmente por ser um conteúdo tão extenso e complexo devido as disparidades entre agricultura familiar e agronegócio.

Mas é de extrema importância para os estudantes entender a complexidade da produção rural no Brasil.

O professor deve abordar um tema por vez e usar diversas linguagens para ampliar o debate. Essas linguagens podem ser, vídeos, documentários, músicas, textos jornalísticos entre outras. 

Algumas práticas quando possível também são válidas, como por exemplo uma visita a um assentamento de reforma agrária, visita a uma pequena ou média fazenda de agricultura familiar até uma visita a um grande espaço rural onde se aplica o agronegócio.

Todas essas abordagens vão depender do conhecimento do profissional e dos recursos disponíveis na escola. Ao expor os estudantes a este conteúdo espera-se que o aluno compreenda as dinâmicas de produção rural e como isso pode impactar sua vida como cidadão.

Para finalizar vou deixar esse caça-palavras de geografia Agrária com alguns conceitos mais utilizados dentro desse tema. 

A minha sugestão inicial é que os alunos não fiquem apenas no objetivo de encontrar as palavras, mas sim descobrir o significado de cada conceito. Sendo assim, você professor (a) pode iniciar sua aula de uma forma mais lúdica para os estudantes.




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