Como Montar um Plano de Aula do Zero e sem Experiência?


planejamento de aula
Foto de energepic.com

Oi professor(a)! Hoje vamos falar sobre como montar um plano de aula. Eu lembro da minha primeira semana como professora. 

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Eu estava empolgada, mas confesso que a empolgação vinha misturada com um nó na garganta. O maior motivo? Aquele temido documento: o plano de aula. 

Aparentemente, era só um papel, mas para mim, parecia um enigma que definia o sucesso ou fracasso da minha aula. 

Eu nem entrei na sala dos professores. Não imagina o que colocar no documento. E mais importante, como poderia garantir que a minha aula seria realmente eficaz? 

Na faculdade eu elaborei um plano de aula, na disciplina de didática. Eu sou do tempo do PCN (Parâmetros Curriculares Nacional) . 

E não pense que a informação estava tão próxima das pessoas como hoje. Na época jamais imaginei uma ferramenta de inteligência artificial para me ajudar. Eu gastei muito tempo com pesquisa e escrevi linha por linha...

Se você está vivendo isso agora, respire fundo. Eu já passei por isso e, com o tempo, aprendi que o plano de aula não é um bicho de sete cabeças. 

Na verdade sem um plano bem estabelecido, a chance de dar errado é muito grande. Então, não vale a pena arriscar.  

E é exatamente isso que eu quero compartilhar com você hoje: um guia prático, passo a passo, construído com a experiência de quem aprendeu na prática.

O plano de aula não é burocracia, é uma ferramenta de trabalho 

Antes de tudo, vamos mudar a perspectiva. Esqueça a ideia de que o plano de aula é só mais um papel para a coordenação pedagógica. 

Ele é a sua segurança, a sua organização. É o esqueleto da sua aula. Com ele, você sabe exatamente o que precisa fazer, em que ordem e por que está fazendo. 

Isso me dá uma confiança enorme e, acredite, os alunos percebem isso. Eles se sentem mais seguros e engajados quando a aula tem um fluxo claro e um propósito definido.

Os elementos essenciais que eu sempre incluo no meu plano

Depois de muitos testes e erros, eu cheguei a um modelo que funciona para mim. Ele tem sete elementos principais. Não precisa ser perfeito, mas a presença deles já faz toda a diferença.

Dados de Identificação

Para manter tudo em ordem, eu listo a disciplina, a turma, a data e o tema de cada aula. 

Objetivos de Aprendizagem

Esse é o coração do seu plano. Eu sempre me pergunto: "O que eu quero que os meus alunos saibam, compreendam ou sejam capazes de fazer ao final desta aula?" 

Em vez de uma meta genérica, como "aprender sobre a Revolução Industrial", eu crio um objetivo específico: "Ao final da aula, os alunos conseguirão identificar as principais causas da Revolução Industrial e analisar seus impactos sociais."

Conteúdo

O "o quê" da sua aula. Aqui eu liste os conceitos, as informações e os tópicos que vou abordar. A seleção do conteúdo precisa estar diretamente alinhada com os meus objetivos.

Estratégias e Metodologias

Esta é a fase mais criativa do processo. Aqui, eu decido como vou ensinar, pensando em como os alunos poderão interagir diretamente com o conteúdo da aula.

Vai ser uma exposição dialogada? Uma discussão em pequenos grupos? Um estudo de caso? Um jogo? 

Diversificar as metodologias é fundamental para manter os alunos engajados e atender a diferentes estilos de aprendizagem.

Recursos Didáticos

Para colocar minhas estratégias em ação, eu defino todos os materiais de apoio. Nessa lista, incluo desde itens básicos como papel e caneta, até recursos mais elaborados como a internet, documentários e jogos.

Avaliação

Essa etapa é vital. Eu não me preocupo apenas com uma prova no final do bimestre. Eu me preocupo em analisar cada etapa da metodologia que apliquei. E avaliar de diversas mateiras.

Pode ser através de perguntas, da observação da participação deles em uma atividade de grupo, ou de um pequeno exercício no final. 

Esse tipo de avaliação em processo me dá mais clareza se os alunos estão aprendendo ou não. 

Tempo

Ser realista com o tempo é uma das coisas mais difíceis no começo. Eu sempre distribuo o tempo para cada etapa da aula: "10 minutos para a introdução, 25 para a atividade principal, 10 para o fechamento". É uma estimativa, claro, mas me ajuda a não me perder e a garantir que eu consiga cobrir tudo o que planejei.

Dicas extras que aprendi com a experiência

Aprendi com o tempo e a experiência, que o plano de aula não deve ser algo rígido e irredutível. Pelo contrário ele pode ser flexível e adaptável para outros formatos. 

Às vezes, uma discussão inesperada ou uma pergunta dos alunos pode levar a um aprendizado tão rico que vale a pena desviar um pouco do que foi planejado. Da mesma forma, comece de forma simples. 

Se você está no início, não precisa tentar criar a aula mais inovadora do mundo. Comece com uma estrutura básica e, com o tempo e a prática, adicione novas metodologias. 

A experiência te dará a confiança para ir além. Além disso, peça devolutiva.

Eles podem ter insights valiosos que te ajudarão a aprimorar seus planos e sua didática. Por fim, sempre reflita após a aula. 

Eu me acostumei a me perguntar: "O que funcionou? O que eu poderia ter feito de diferente?". Essa simples reflexão é o que realmente me permite evoluir a cada dia na profissão.

Montar um plano de aula é uma habilidade que se aprimora com o tempo, assim como ensinar. 

No começo, vai parecer difícil, mas com cada plano que você fizer, você se sentirá mais confiante e seguro. 

E lembre-se: a maior recompensa não está no plano em si, mas na aula que você é capaz de construir a partir dele. 

Boa sorte!

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Professora Camila Teles